domingo, 8 de agosto de 2010

Ritual Celta do Amor

Formado o meu círculo mágico
Devidamente protegido pela espessa camada de luz azul brilhante
Danço, nua, no sentido dos ponteiros do relógio
Passando pelos quatro quartos, elevando meu coração ao Deus e à Deusa
E aos quatro elementos do Universo
Agradeço por minha vida e a oferto a você, minha alma-metade
Envolvida em éter, num transe mágico, paro em frente o meu altar sagrado
Onde deposito meu coração
Dentro dele estão meus sonhos mais secretos
De me sentir inteira como parte da natureza
Que passa pelas quatro estações florescendo, aquecendo, deixando cair a folha seca, fertilizando o solo
E reinicia o ciclo mágico da vida
Passando por dias maiores que as noites, noites maiores que os dia, até que estes se tornem igualmente passageiros
Entre solstícios e equinócios, o trio astral prossegue na sua dança gravitacional heliocêntrica
Então, misturada a essa máquina perfeita e auto suficiente que é a natureza
Eu vou seguindo rumo a você, enfrentando todo mal com o corte delicado do meu atame
E a parte feminina do meu ser volta a se andrógina, como no início de tudo
Agora meus ritos mágicos não são mais solitários
Duas vozes cantam um mesmo canto de liberdade e paz na Terra e no Universo infinito
Onde a voz das almas unas ecoa eternamente
A mais linda canção da vida e o mais lindo poema da paz
Na língua universal silenciosamente telepática
Do mais puro e perfeito amor
Salve e adeus.

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