quinta-feira, 24 de junho de 2010

Undercover

Naquele dia, você já havia fugido à minha mente
Tendo estado presente constantemente nos dias que se passavam teimosos havia algum tempo
Eu suspeitava, você é tão teimoso...
E minhas fantasias são insistentes, viajantes; infantis, às vezes
Do jeito que eu imagino você, na verdade você nunca existiu?
Decifro-te ou me devoras? Decifra-me e te devoro!
Escondido em algum lugar, não sei onde, você anda para que ninguém te encontre
E nem mesmo você possa te encarar no espelho do banheiro
Imagine passeando dentro do pensamento de uma pessoa real, nunca!
A menos que habite o super cérebro da super heroína de um clássico qualquer
Melhor, do clássico dos clássicos
Assim, então, se transformaria no que pensa desejar ser, ou deseja, talvez...
Então, num encontro inevitável com seu ser undercover, encoberto pela sua insegurança e incerteza,
Você pôde falar consigo mesmo, e minha mente novamente te encontrou
Mas você veio ao meu encontro sem se esquecer da sua armadura e sua capa de herói
Esquecendo-se de algo importante: o peso da armadura não te deixa voar!
Você deseja conhecer lugares onde apenas minhas asas podem te levar
Pois, se viajar sozinho, com quem dividirá suas aventuras?
Com quem debaterá as cenas que julga mais perfeitas e emocionantes?
Quem te enxugará as lágrimas produzidas pelo vento, te impedindo de avistar as novas paisagens?
Eu me permito viajar nas suas asas
Cabe a você querer me levar contigo
Vou me esquecer de apertar os cintos,
Levando só as minhas asas na bagagem, caso as suas se cansem no caminho...