sexta-feira, 30 de julho de 2010

Eu amo, tu andas, ele voa...

Eu odeio o modo como te amo
E amo o modo como me chamava
Eu me amo porque você me chama
Agora, nunca tem ninguém quando entro em casa
Nada na tv, nada na geladeira,
Nada dentro de mim
Mecânico sair-entrar-sair
Eu me olho no espelho
A cada dia mais fios brancos
Nada de dentes branquíssimos,
Brilho no olhar ou pele impecável
Isso só sua pesença podia me trazer
Nem os cremes importados
Tudo uma breguice!
Nem algo que preste a dizer tenho mais
Não há mais voz alguma aqui dentro
Também não sei mais fazer contas
Perdi as contas do tanto que perdi
Perdi o tempo e me perdi
São muitas frustrações e inúmeros "não-entendos"
Não me convence o que não pode ser provado
Para teorias, teste de hipóteses
Para resultados, calculadora
Então, dane-se!
Pior para vocês, rapazes!
Cansei de tentar compreender o incompreensível,
O que não é exato
Aquilo que é bizarro e insensato
Com algumas pitadinhas de cruel:
O comportamento humano
E o dialeto intraduzível do coração!

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